No dia 27 de agosto foram inaugurados todos os espaços novos e renovados da Confraria dos Santos Passos do Senhor e de Santa Luzia.
O evento foi presidido por Sua Excelência Reverendíssima Dom Jorge Ortiga, Arcebisbo de Braga e Primaz das Espanhas, estando também presentes o pároco, Reverendos Padres que paroquiaram, nas últimas décadas, esta freguesia de Vilarinho e outros que têm efetuado serviço nesta paróquia e, ainda, sacerdotes condiscípulos do coordenador e tesoureiro da Confraria; autoridades civis, instituições; Irmandades e tantos outros que trabalharam e se dedicaram ao longo dos anos como consta, abaixo, no painel da inauguração.
Convite ao Sr. Arcebispo de Braga
Excelentíssimo e Reverendíssimo Sr. Dom Jorge Ortiga
Os nossos respeitosos cumprimentos.
Padre Miguel Tulumba, pároco da Paróquia de S. Mamede de Vilarinho, Órgão Vigilante, e Salvador de Sousa, Tesoureiro e Coordenador da Confraria dos Santos Passos do Senhor e de Santa Luzia, convidam Vossa Reverendíssima para presidir à inauguração de todo o melhoramento do Património da Confraria que se vai realizar no dia 27 de agosto, pelas 18h e 30m.
A cerimónia constará do seguinte:
– 18h e 30m: Concentração de todos os convidados junto à Igreja Paroquial;
– 18h e 45m: Visita e bênção dos espaços;
– 19 e 15: Eucaristia;
– 20h: Cerimónia inaugural;
– 20h e 45m: Lanche/convívio
Tendo em vista este enriquecimento do património desta Instituição como que uma maior dignificação dos seus espaços plurisseculares, esperamos a Vossa tão significativa presença neste ato inaugural.
Mamede de Vilarinho, 19 de julho de 2021






Livro da inauguração 2021 Diploma da Bênçao do altar e espaços envolventes Inauguração dos espaços dos Santos Passos em Vilarinho Vila Verde Jornal de Melgaço Diário do MinhoPáginada inauguração Diário do MinhoPáginada inauguração

























Discurso de inauguração dos novos espaços da Confraria pelo coordenador e tesoureiro da Instituição
Ex. mo e Reverendíssimo Sr. Dom Jorge, Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas
Ex. mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Dr. António Vilela , Senhores Vereadores, técnicos, encarregados e tantos outros funcionários que trabalharam nesta obra
Ex. mos Srs. Ex-Presidentes da Câmara Municipal de Vila Verde, Prof. António Cerqueira e Eng. José Manuel Fernandes (atualmente, Mui digno Deputado Europeu), grandes apoiantes deste empreendimento
Ex. mos Srs. Presidentes da Junta e da Assembleia da União de Freguesias de Sande, Vilarinho, Barros e Gomide, Carlos Ferraz e Adelino Oliveira, assim como os restantes membros do órgão executivo
Ex. mo Sr. Ex-Presidente de Junta da extinta freguesia de Vilarinho, João Pereira.
Ex. mo Reverendo Padre Miguel Tulumba, pároco desta comunidade de Vilarinho
Ex. mos Reverendos Padres Rui Sousa, Filipe Antunes, Cónego Roberto Rosmaninho e Manuel Jorge Gomes, párocos que serviram Vilarinho
Ex. mo Senhor Presidente da ATAHCA, Prof. Mota Alves, e os respetivos técnicos inseridos nos 3 projetos aprovados
Ex.mos Senhores e Senhoras que fazem parte dos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde
Ex. mos Senhores, Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, Eng. Paulo Renato e o seu Comandante, Luís Morais, e, ainda, os Bombeiros que anualmente estão presentes na Procissão dos Santos Passos, não esquecendo o Ex- Presidente, Sr. Carlos Braga
Ex. mos Senhores Presidente e Maestro da Banda Musical da Aboim da Nóbrega
Ex.mos Senhores membros da direção dos escuteiros da Portela do Vade
Ex. mo Senhor Presidente da direção da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Vilarinho, Adelino Oliveira, e seus membros
Caríssimos membros do Conselho Económico (Fábrica da Igreja), Confrarias do Santíssimo Sacramento e dos Santos Passos do Senhor e de Santa Luzia
Caríssimas Catequistas e demais colaboradores na vida pastoral da nossa comunidade, não esquecendo as zeladoras e zeladores, elementos do grupo coral e o sacristão
Ilustres conterrâneos, emigrantes e todos os que estão aqui presentes de outras paróquias, irmãos, benfeitores e amigos desta terra.
Caríssimos representantes da Comunicação Social.
Agradeço, em nome da Confraria dos Santos Passos do Senhor e de Santa Luzia, a presença honrosa de S. Ex.a Rev.ma, Dom Jorge Ortiga, nesta terra de Vilarinho que muito o estima; dos sacerdotes que serviram esta comunidade e de todas as restantes entidades e pessoas acima enumeradas.
Começo o desenvolvimento deste meu discurso com um ditado popular que diz: «Há males que vêm por bem!» e porquê?
Todo este espaço que vocês estão a ver aqui à volta, era um monte com mato, silvas, pinheiros e meia dúzia de oliveiras no espaço do atual parque de merendas.
O mato era leiloado, no tempo em que a agropecuária era um dos principais rendimentos das famílias desta região minhota. Em 1982, com essa atividade já em decadência, a Junta e Assembleia de Freguesia, vendo a inutilidade deste terreno estando a tornar-se uma nuvem negra neste espaço central da freguesia propôs à Confraria, composta pelo Presidente, o saudoso P. Francisco Cardoso; por mim, Secretário, Salvador de Sousa, e pelo Tesoureiro, o saudoso Prof. Ernesto Ferreira, a construção do edifício do 1º ciclo neste terreno.
Após várias reuniões, a Confraria opôs-se, veementemente, a tal proposta, tendo o apoio da autoridade eclesiástica e, mais tarde, o apoio da própria Câmara Municipal na pessoa do sr. Presidente da altura, Prof. António Cerqueira, que pediu uma alternativa para a construção do novo edifício escolar, pois, o existente tinha apenas uma sala para os quatro anos (classes). A grande maioria das pessoas desta terra era contrária a tal ideia da construção da escola neste local, mas também não desejava, aqui, no centro, ver uma floresta que não dignificava o património construído desde 1651 com a construção da capela de Santa Luzia, seguindo-se, no início do século XVIII, a construção das restantes, assim como os três calvários, dois aqui à volta e um perto da Capela do Senhor do Horto.
Em reunião com os autarcas da freguesia e, tendo eu falado, previamente, com o Prof. Ernesto Alves Ferreira, coordenador da Confraria na altura, propus a construção de uns escadórios que ligassem a Capela do Senhor da Cana Verde à Capela de Santa Luzia, também denominada “Capela do Calvário, pois, no seu exterior, debaixo do alpendre, é encenada, no Domingo de Ramos, a morte, crucificação e o enterro do Senhor e é a sede da Confraria dos Santos Passos do Senhor e de Santa Luzia onde permanecem as Imagens do Senhor dos Passos e da Senhora das Dores.
Esta ideia acalmou os proponentes da construção do edifício neste local, os ânimos acalmaram e as divisões entre as pessoas da terra deixaram de existir, ainda mais com o prometimento da venda, da parte de um familiar de João Miguel, residente no Brasil, da atual área da escola e da sua zona envolvente.
A Câmara Municipal comprou o terreno de imediato, tendo o anterior tesoureiro e coordenador, na altura, prof. Ernesto Alves Ferreira, falado com o Presidente, António Cerqueira e a ideia avançou de imediato, nunca mais parando, sendo um grande dinamizador desta construção. O projeto foi elaborado pelo Arquiteto Pedro Macedo, sendo o seu desenvolvimento também orientado pelo técnico, Sr. Pinto Santos, que dedicou imenso tempo para esta maravilhosa obra dos escadórios. A maioria da sua execução foi efetuada pelo, já falecido, António de Oliveira Pereira, e finalizada pelo seu filho, Marcelino Martins Pereira, ambos desta paróquia.
Repito: Há males que vêm por bem: Se não fosse o problema da construção da escola, é muito provável que nunca tivesse existido tudo isto que vocês estão a ver aqui à volta.
Terminada a obra dos escadórios, em 2003, propus, em reunião da Confraria, após ter falado com o Presidente da ATAHCA, Prof. Mota Alves, a submissão de um projeto para a requalificação do extenso adro da Capela de Santa Luzia/Calvário que foi aprovada por unanimidade. O Arquiteto, José Figueiras, elaborou e orientou a execução do projeto a pedido do então Presidente da Câmara, Eng. José Manuel Fernandes e atual Deputado Europeu, sendo aprovado através da ATAHCA para ser comparticipado em 75% do seu valor. As obras foram executadas pelo Sr. José Oliveira Salgado de Travassós e, hoje, temos aquilo que vocês viram. A eletrificação com os candeeiros foi oferecida pela Câmara Municipal.
Logo a seguir, propus, em reunião da Confraria, a requalificação de todas as capelas, suas imagens e seus respetivos recintos exteriores, a saber: A Capela do Senhor do Horto, retirando-lhe a humidade com a colocação de telhado e requalificando-se o seu espaço à volta com muros em granito e pavimentação, preservando o seu lago e chafariz; a capela do Senhor do Encontro, retirando-lhe os azulejos descaraterizados do exterior e requalificando todo o seu interior; a Capela de Santa Luzia/Calvário com o seu arranjo interior e exterior, renovação do teto, do coro e a inclusão de uma amplificação sonora, não esquecendo o seu alpendre com a substituição do telhado; renovação de toda a eletrificação das capelas e o pedido à EDP da baixada, localizando a central neste Monte das Oliveiras com a derivação subterrânea para todas as Capelas pertença da Confraria, inclusivamente o cabo de som que liga a Capela de Santa Luzia à Igreja por onde são transmitidas músicas e sermões dos Santos Passos e ainda, o toque do sino para os atos religiosos. Tudo isto foi executado pelo Sr. António Magalhães de Pico S. Cristóvão.
A capela do Senhor da Cana Verde também foi toda renovada e o telhado substituído, mas já foi o Sr. João Vilela Pereira desta freguesia o encarregado da obra, sendo um artista de Braga que restaurou os douramentos dos altares desta Capela e da Capela de Santa Luzia/Calvário.
Foi nesta fase que, vendo ainda mato e pinheiros à volta dos escadórios e a ligação da Capela do Senhor do Horto ao calvário adjacente num péssimo estado, resolvi fazer um estudo bíblico que abarcasse todo o Monte das Oliveiras e todo o espaço desde a Capela do Senhor do Horto até à capela de Santa Luzia, incluindo os mistérios dolorosos com ligação à capela do Senhor do Encontro, tendo em vista a contextualização da Paixão de Cristo em todos os espaços por onde passa a Procissão dos Santos Passos no fim de semana de Ramos.
O estudo foi apresentado à Confraria, sendo aprovado por unanimidade, delegando em mim toda a coordenação das obras. Pediu-se, antes de tudo, ao então Presidente, Eng. José Manuel Fernandes, a elaboração de um projeto para a construção das casas de banho e um salão, aproveitando o declive do espaço e, ainda, o nivelamento de toda esta área para que os escadórios sobressaíssem, pois estavam mais baixos do que o terreno da parte da estrada. Este projeto foi elaborado pelo Arquiteto Miguel Sampaio, desenvolvido em parceria com ATAHCA, com um financiamento de 60% e, pela Câmara Municipal, já na pessoa do seu Presidente, Dr. António Vilela, tudo o que não constava do projeto com a cedência de máquinas para a remoção de terrenos, pavimentação dos passeios e dos parques de estacionamento, mudança dos calvários, arrelvamento do terreno, etc.
As estruturas das construções (casas de banho e salão) foram executadas pela empresa de Armando Martins Pereira desta freguesia e as restantes operações estiveram a cargo do Sr. João Vilela Pereira de Vilarinho e Filipe Vivas de Sande com intervenções, também, da Empresa Pedrivalões nas pessoas do Eng. Carlos Cação e de sua irmã Rosa Cação de Valões, incluindo a obra da ligação do Senhor do Horto ao Calvário adjacente.
Seguiu-se o desenvolvimento do estudo da contextualização da Paixão de Cristo nos Escadórios e em toda a zona da Procissão dos Santos Passos com ajudas financeiras pedidas ao Sr. Presidente da Câmara, Dr. António Vilela, que propôs ao órgão a que preside vários protocolos que foram sempre aprovados, o que a Confraria está muito grata. Assim como a ATAHCA que comparticipou um terceiro projeto nestes espaços de que estamos a falar.
Nesta fase, entraram em campo dois grandes artistas. Sr. António Monteiro da cidade de Braga que desenhou e pintou todos os painéis de azulejo desde o Senhor do Horto até à Capela de Santa Luzia/Calvário em que se apresenta toda a história da paixão de Cristo desde a entrada triunfal em Jerusalém, última Ceia de Cristo, Jardim Getsémani, julgamento, condenação e toda a Via-Sacra, incluindo os painéis no teto do alpendre da Capela de Santa Luzia alusivos às cenas que se passam ali na conclusão da Procissão dos Santos Passos com o sermão encenado da crucifixão, morte e enterro do Senhor.
Gostei muito de lidar com Sr. Monteiro, aqui presente, pela sua qualidade de trabalho, pois conseguiu apresentar todos estes painéis com uma imitação muito real da azulejaria do século XVIII. Foi sempre um trabalho muito profícuo. Fizemos tudo isto através da internet e do telefone. Selecionava as imagens escolhidas por mim, ele apresentava o esboço do desenho, havia os acertos a fazer, pintava, mas, antes de ir o painel ao forno, ainda o enviava para eu ver e depois é que executava o trabalho final.
Todos os azulejos, as colunas e a colocação das esculturas em pedra foram postas pelo Sr. João Vilela Pereira, Filipe Vivas, os maquinistas, Dino Meireles de Sande, Agostinho Araújo de Atães e a Câmara Municipal.
O segundo foi o Prof. Maciel Cardeira de Vila Verde, também um grande artista, executou as esculturas que foram postas na entrada dos escadórios (dois soldados romanos), na entrada principal do adro de Santa Luzia (Nossa Senhora das Dores e S. João Evangelista) e estas esculturas de Cristo e dos três apóstolos que Cristo chamou para orar com Ele (Pedro, Tiago e João), quadro que ainda não está completo por falta de tempo do artista. Temos aqui, posto ontem, o apóstolo S. Pedro.
O estudo que fiz e aprovado pela Confraria, de acordo com as atas, só estará completo com os outros 9 apóstolos que ficarão debaixo daquelas duas floreiras, cinco num lado e quatro noutro.
As várias colunas em pedra e os respetivos brasões foram feitos pela empresa “ Mármores Bom Sucesso de Travassós” pela pessoa do Sr. Jorge; as mesas, os bancos do parque de merendas, os quatro novos calvários, réplicas dos três, que já existiam, do século XVIII, o altar e o ambão foram executados pela empresa “Exploradora de Granitos de Santo Ovídio, L.da de Ponte de Lima com a gerência do Sr. Carlos.
A cobertura do altar ficou a cargo do Sr. Manuel Meneses Martins de Sande, sendo auxiliado pelo Sr. João Vilela Pereira.
O salão de merendas, acabado de construir foi tratado com a empresa Ferro & Arte de Fernando Sousa de Pico S. Cristóvão, sendo os acabamentos de areamento, eletricista e pichelaria a cargo do Sr. João Vilela Pereira, auxiliado por Fernando Antunes da freguesia de Barros.
Toda a eletrificação destes espaços foi de autoria do Eng. João Paraízo dos Santos com a devida autorização da Câmara Municipal que em parceria com a Confraria dos Santos Passos pagou parte também do material.
A água que vocês estão a ver aqui a correr foi cedida pelo Sr. Artur da Costa Lima em troca de toda a exploração e canalização de metade para o seu quintal aqui ao lado. Foi explorada água em dois locais do Monte da Cachada a três quilómetros deste local, a 1ª exploração foi pela Câmara Municipal e segunda pela Confraria. A Canalização foi toda por conta do Município de Vila Verde, caindo num grande depósito ao lado da churrasqueira para primeiro regar todo este espaço, incluindo o adro de Santa Luzia e a sobrante cai no lago onde os peixinhos se regalam com esta água corrente.
Toda a rega deste recinto onde estão enterrados à volta de 1.400 metros de tubo foi executada pelo Sr. João Vilela Pereira com a ajuda inicial do Sr. José Barbosa da Portela do Vade.
A Junta de freguesia atual, na pessoa do seu presidente, Carlos Ferraz, tem auxiliado bastante com várias ajudas financeiras, assim como o corte da relva e a limpeza do local. Não posso esquecer também as ajudas financeiras da junta da extinta freguesia de Vilarinho na pessoa do seu presidente João Vilela Pereira.
Estou feliz por encontrar aqui presentes, além das várias autoridades que superintendem as instituições, também os que executaram a obra, os seus trabalhadores: Jardineiros, pedreiros, eletricistas, calceteiros, maquinistas, artistas, técnicos e tantos outros, além dos seus encarregados.
Estou muito feliz também por ter aqui, neste dia muito significativo para mim e para toda a terra onde nasci e vivo, sacerdotes amigos, mormente os meus condiscípulos sacerdotes que se ordenaram do meu ano e outros condiscípulos que fazem parte de uma verdadeira família formada no Seminário.
Não posso terminar sem falar nas pessoas que cobram as cotas dos irmãos e benfeitores nas paróquias de Vilarinho, Pico S. Cristóvão, Pico de Regalados, Mós, Prado S. Miguel, Sande e Coucieiro, agradecendo a generosidade destas pessoas que dão as suas ajudas financeiras anualmente; todos os zeladores e zeladoras das capelas, calvários e de todos os recintos exteriores, não esquecendo os que prestam serviço na altura da Solenidade dos Santos Passos e ao longo do ano.
Finalizo, agradecendo a vossa presença neste ato inaugural tão significativo para todos nós, gentes de Vilarinho. Em suma: Para todos os devotos, irmãos, benfeitores desta e de tantas outras paróquias.
Mais uma vez, muito obrigado.
Vilarinho, 27 de agosto de 2021.
Salvador de Sousa, coordenador e tesoureiro
Zeladores da Confraria
Zeladores da Confraria dos Santos Passos no ano de 2021
Marinha Veiga, Maria da Conceição Barros, António de Sousa Araújo, Joaquim Pimenta, Pedro Pereira, João Vilela Pereira, Agostinho Pimentel, Richard Pavin, Maria do Sameiro Martins, Diogo Mota, Maria do Sameiro Cerqueira, Deolinda da Conceição Lima, Adélia Azevedo, Maria de Fátima Martins, Maria das Dores Martins e Cidália Martins